sábado, 23 de abril de 2011

Germinal de Émile Zola

O livro de hoje é diferente do que costume gostar de ler!
Ele foi emprestado pela minha professora de Aspectos Psicossociais do Trabalho, Dra. Branca de Menezes, quando ela comprou o Tratado Secreto de Magia (obrigado aos professores que compraram!!) ela leu e me repreendeu, dizendo que eu precisava ler clássicos e como ela achou que esse livro cairia bem não apenas para enriquecimento de técnica como também da matéria que ela me dá, ela me emprestou o livro Germinal de Èmile Zola.


O livro aborda a história de trabalhadores de uma mina de carvão na França. Pesquisando descobri que Germinal (a palavra) refere se ao sétimo mês do calendário revolucionário francês, onde há fermentação da seiva. O que explica muito o livro, sobre a semente da revolta que acaba em greve e violência (parafraseando o resumo daqui - pq afinal eu não tive idéia de como explicar isso melhor).

Quando Etienne um maquinista desempregado chega à mina Voreux e por sorte (ou azar) consegue um emprego para carregar vagões de carvão dentro da mina, tudo modifica na conformada população de Montsou. Aos poucos não apenas a revolta de submissão dos trabalhadores em Etienne, mas em todos os trabalhadores, representados principalmente pela família Maheu (que depois de um tempo abriga Etienne como inquilino) explode... gerando uma greve quase geral e muita miséria e luta. Etienne torna se o líder dos trabalhadores e da greve que estabe le, eu o achei tomado de extrema vaidade e gana, e um tanto iludido pelo pouco estudo que faz. Com o desejo de tornar os trabalhadores dono do trabalho, Etienne leva uma vila inteira à greve, sem estar totalmente preparado (financeiramente) para a fome e necessidade extrema que viria depois. E dois meses de fome e dor, sofrimento e mortes, todos os trabalhadores se revoltam quando os administradores contratam trabalhadores de outro país, e nesse ponto que a destruição e insanidade toma conta de todos, até mesmo dos mais ponderados. 
Muitas minas são destruídas, outras tantas danificadas, os trabalhadores tomados de ira chegam a ir contra soldados armados e jogando pedras e xingando os muito, acabam baleados, muitos morrem, mais revolta, mais destruição.
Por fim, ainda arredios os trabalhadores voltam para casa, para chorar seus sofrimentos ainda sem aceitar voltar ao trabalho sem as melhorias exigidas. Alguns trabalhadores, incluindo aí a filha mais velha dos Maheu e Etienne apaixonado por ela, acabam cedendo e voltam ao trabalho, e por conta de um só homem que queria ensinar como deveria ser feita a luta danifica a estrutura da mina, e durante o trabalho o dano rompe e uma inundação terrível se inicia.
Etienne no fim se salva, mas antes disso muitas mortes (e quase a dele também) ocorre.
A descrição de Zola sobre a vida miserável e horrível que levam os trabalhadores chega a angustiar quem lê. Eu mesma fiquei bem tocada e cheguei a sentir nojo de algumas situações que aparentemente são normais a todos, como o sexo geral em pátios de minas abandonadas, com sujeira, restos e muito mato!
Zola passou dois meses trabalhando nas minas para escrever esse livro. Pesquisei mais ainda e descobri um filme francês do livro (que já baixei mas ainda não assisti).
Zola soube descrever perfeitamente a vivência desse povo, a dor, o sofrimento e a precariedade. Angústia principalmente por saber que isso acontece mesmo, cheguei a encher os olhos de lágirmas pela miséria em alguns trechos.

Recomendo apenas para quem gosta de realismo.
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2 comentários:

Sylvia Cheleiro disse... [Responder Comentário]

Li este livro há alguns anos e simplesmente amei!
Assisti o filme tbm em preto e branco.
Guardo este volume com carinho.
leiam é uma bela história.

Andreia Nogueira disse... [Responder Comentário]

Não sou muito fã de livros assim, mas gostei da resenha.
Bjos!!!
Andréia
Sentimento nos Livros