Quem conta um conto...

Um novo post semi fixo, que pretende fazer propaganda de contos, elaborados por mim ou não!

Do conto Sonho:

"Meus lençóis faziam de proteção às minhas pernas, tudo estava escuro, apenas a luz vinda da janela fechada ocupava o quarto inteiro. Dormia um sono leve, doce. Num estampido sobressaltei, permaneci deitada, observando cada ponto do quarto, como conferindo todas as sombras, a janela estava escancarada, um vento forte e fresco passava por ela, vindo diretamente em minha direção. Mesmo não vendo nada de diferente meu coração disparou, uma onda nervosa transpassou minha alma. Medo? Pressentimento ruim? Não sabia descrever o que era. Mas permaneci ali deitada, fechei os olhos com força. Logo o medo iria acabar e eu poderia voltar ao meu sono.

Meu coração disparou, senti uma mudança na cama, na altura de meus joelhos senti o colchão afundar, sentara alguém ali, não conseguia abrir os olhos, - “Quem era?” -. Minha janela não possuía grades embora o muro do quintal fosse alto e cercado de arame, alguém invadira meu quarto? O perfume era irreconhecível, masculino, me trazia uma sensação ardente, um calor nas narinas. Senti se aproximar, um arrepio subiu frio pela espinha, - “Oh Deus, o que faço agora?” - pensei sozinha, resolvi abrir os olhos, e o que vi em minha frente estava longe de ser alguém conhecido.

Pele branca, pálida, cadavérica. Olhos profundos, castanhos claros brilhantes intrigantes, sua boca semi-aberta, carnuda, sua língua umedecia os lábios, seus cabelos castanhos curtos, levemente bagunçados, originava um homem aparentemente jovem, uma blusa de linho preta, gola alta, sua fisionomia calma, seu olhar penetrante, davam lhe um ar imponente. Ele apenas me observava sendo tomada pelo desespero. - “Quem ele era?” – tentei levantar da cama, mas ele me impedira com seus braços, apoiando se ao meu redor na cama. "

Curioso?

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