quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Charles Bukowski

   E aí pessoal, tudo bem? Bom, faz algum tempo que eu tava pensando no que postar. Eu cogitei fazer uma resenha sobre o Cães de Aluguel do Tarantino, fazer alguma coisa sobre música ou falar do Dostoiévski - Mas não, por fim eu decidi fazer sobre um dos meus autores favoritos de um dos estilos literários mais interessantes do século XX, o Beat Generation
   Pra quem não sabe a Geração Beat se trata de um grupo de artistas, intelectuais, escritores e músicos norte-americanos que ganharam uma grande expressão principalmente na década de 1950. Dentre eles eu posso destacar Jack Kerouac (o escritor mais conhecido, cujo o nome atribuído ao movimento veio de um livro do  cara), Allen Ginsberg, William Burrough, e é claro, Charles Bukowski. Dentro dos temas do Beat você pode sempre reparar na melancolia dos escritores, na ambientação extremamente trash. Eu, particularmente gosto de ler pelo jeito de escrita simples e rápida deles. Segundo um amigo meu, se referindo ao Bukowski, ler algo dele é como conversar com um bêbado marginalizado, a única diferença é a quantidade de informação lançada por segundo. 
Charles Bukowski, o velho safado
   A primeira vez que eu li um livro do velho Buk eu confesso que fiquei meio perdido. Seus textos começam em lugar nenhum e terminam como você menos imagina. Eu até revirei o livro procurando pelo final que eu estava esperando, mas não. Acaba daquele jeito porque sim e isso não é da sua conta! O livro em questão era Hollywood. Voltando para o cara em questão. Bukowski é um alemão criado nos Estados Unidos, mais precisamente na Califórnia - sempre tento uma rotatividade entre Los Angeles e Hollywood, O que deixa você apaixonado pelos textos do cara é o jeito simples dele, consegue simplificar tão violentamente personagens incrivelmente complexos, uma característica marcante no seu personagem autobiográfico Henry Chinaski; presente nas três obras principais dele: Misto-Quente, Factótum e Mulheres.
Chinaski deixa claro como era o próprio Bukowski: só fazia merda na vida, diversas vezes durante a leitura eu realmente fico puto da cara com o Hank (Charles Henry Bukowski, também chamado de Hank) pela sua capacidade sobrenatural de estragar tudo. E eu acho que é aí que mora a grande sacada do cara! ele realmente consegue passar toda a complexidade de um cara violento, depressivo e com sérios problemas de bebidas, mas acima de tudo um cara sensível.
Misto-Quente - Se você não leu esse livro, então você não leu Bukowski
  É pessoal, como vocês puderam ver o velho Buk. (não só ele, mas todos os representantes do beat num geral) tratam de temas pesados. Tratam da realidade nua e crua - como eu já disse antes. Nada de frescuras, nada de floreio nas palavras, eles jogam a vida como ela é - e ela é uma merda! - na sua cara e você que fique lidando com isso.
   Nesse caso da realidade nua e crua eu gosto de destacar bastante duas três obras principais dele sobre isso: Misto-Quente, Factótum e Hollywood. Eu posso dizer que ele transcreve o sonho americano e o american way of life  como acontece de verdade, o outro lado da história. Como por exemplo como era os EUA durante a época da Segunda Guerra Mundial, mas sem toda aquela glória de ser um soldadinho e ir pra Alemanha matar nazistas. Como um cara fodido na vida normal se virava naquela época; leiam o livro pessoal, posso garantir pra vocês: não era nem um pouco legal.


   Eu, como nos outros posts, poderia ficar escrevendo e escrevendo um monte ainda sobre o tema. Mas como o Bukowski merece, eu vou dizer em poucas palavras: Quer saber como é a vida de fato? Leia Charles Bukowski.

É isso, gente. Até a próxima.








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